De família humilde e aluno de escola pública, sousense é aprovado no vestibular de medicina da USP

É do Bairro Mutirão, na cidade de Sousa, o mais novo estudante paraibano aprovado no vestibular de medicina da Universidade de São Paulo, a internacionalmente conhecida USP. André Victor de Araújo Clementino é de família humilde, tem 21 anos de idade e sempre estudou em escola pública.

Bolsista de um cursinho, o filho da dona de casa Maria Alves e do agricultor Francisco Clementino conquistou a chance de realizar o seu grande sonho: ser médico. O ingresso para a conquista chegou com méritos próprios através dos seus 796 pontos atingidos no último ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), em dezembro passado.

“Recebi a aprovação em medicina no dia 17 (fevereiro), em meu quarto, então tinha nesse momento apenas eu e Deus, a quem imediatamente agradeci. Senti de coração alegria pela conquista”, disse ao Blog do Levi na ensolarada manhã deste sábado (4).

O jovem tem a tia Jacinta como sua segunda mãe pelo fato de tê-lo criado. A família se completa com os irmãos Alex, de 16 anos e Maria Fernanda, de 11 anos. O pai atualmente está em Brasília, mas pretende voltar ao Sertão paraibano.

“Agradeço como de costume primeiramente a Deus e, em seguida, ao cursinho Filipe Nogueira, sobretudo a equipe de acolhimento e professores que transformaram um ambiente de cursinho (que deveria ser tenso) em um local leve, o que facilita o aprendizado”, disse.

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Os primeiros anos de escola do novo “feramed” foram na antiga Escola Tia Alzanira, no bairro onde mora. A segunda fase do ensino fundamental foi na Escola Estadual Batista Leite e o ensino médio inteiramente na Escola Estadual Mestre Júlio Sarmento (antigo Polivalente 2).

Para André Victor uma das principais dificuldades enfrentadas para chegar aonde chegou é a mesma vivenciada por milhões de estudantes do ensino público: a falta de transporte escolar.

“Para poder estudar no Centro de Sousa, morando no Mutirão, tinha a questão do transporte. E chegando no ensino médio a principal preocupação era de não só aprender, mas também fixar o conteúdo e conseguir aplicar em provas e seleções”, finalizou.

“Escolhi medicina porque valorizo o conhecimento e a capacidade dessa profissão, considero capazes de possibilitar momentos em que serei útil para ajudar pessoas em situações frágeis e também contribuir para qualidade de vida da minha família”, ANDRÉ VICTOR.

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