Sousa tem mais de 4 mil pessoas em áreas de enxurrada e inundação, aponta relatório do Cemaden

Com a intensificação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, têm aumentado os desastres ambientais e climáticos em todo o mundo, a exemplo do que ocorre no Rio Grande do Sul. No Brasil, o Governo Federal mapeou 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações, o que representa quase 35% do total dos municípios brasileiros.

No município de Sousa, Sertão da Paraíba, 4.561 moradores estão em áreas de deslizamento e inundação. É o que revela a Nota Técnica número 01/2023 da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, órgão ligado a Casa Civil do Governo Federal, publicada em abril deste ano pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Além da “Cidade Sorriso“, São João do Rio do Peixe, Pombal, Patos, Coremas, São Bento e São José da Lagoa Tapada estão na relação. Na Paraíba, ao todo, são 43 municípios incluídos no relatório que identifica, em nível de Brasil, os 1.942 municípios mais suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, enxurradas e inundações para serem priorizados nas ações da União em gestão de risco e de desastres naturais.

Pelo celular, vire a tela para conferir a planilha completa:

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO TOTALPESSOAS EM ÁREAS DE RISCO

TIPO DE RISCO

Sousa67.2594.561Enxurrada | Inundação
São João do Rio do Peixe17.9641.820Enxurrada | Inundação
Pombal32.4731.320Enxurrada | Inundação
Patos103.1651.165Enxurrada | Inundação
Coremas14.683912Enxurrada | Inundação
São Bento32.235892Enxurrada | Inundação
São José da Lagoa Tapada7.126Enxurrada | Inundação

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Com os novos dados, sistematizados até 2022, os estados com a maior proporção da população em áreas de risco são Bahia (17,3%), Espírito Santo (13,8%), Pernambuco (11,6%), Minas Gerais (10,6%) e Acre (9,7%). Já as unidades da federação com a população mais protegida contra desastres são Distrito Federal (0,1%); Goiás (0,2%), Mato Grosso (0,3%) e Paraná (1%).

O levantamento foi solicitado pelo Governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país.

Recomendações

A nota técnica do estudo faz uma série de recomendações ao Poder Público para minimizar os danos dos desastres futuros, como a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, a atualização anual desses dados e a divulgação dessas informações para todas as instituições e órgãos que podem lidar com o tema.

“É fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz o estudo, acrescentando que o Novo PAC pode ser uma oportunidade para melhorar a gestão de riscos e desastres no Brasil.

Clique AQUI e confira a íntegra da Nota Técnica nº 1/2023/SADJ-VI/SAM/CC/PR

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Com informações de Agência Brasil 

Foto de capa: Rafa Neddemeyer/Agência Brasil