Aos 85 anos de idade e residindo em Fortaleza, Ceará, o engenheiro Valdir Chagas retornou ao Sertão da Paraíba neste último final de semana para rever amigos e visitar o Riachão Campestre de Sousa, clube em que o tenente coronel do Exército Brasileiro presidiu no ano de sua fundação, no dia 19 de março de 1969, até 1970. Neste domingo (22) ele prestou entrevista exclusiva ao Blog do Levi.
Assista ao vídeo:
Acompanhado de familiares, Valdir Chagas chegou a Sousa na última sexta-feira (20) e permaneceu até a manhã desta segunda-feira (23). Na “Cidade Sorriso” ele aproveitou para conhecer outros pontos turísticos como o Vale dos Dinossauros e o Acampamento Federal de São Gonçalo.
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O engenheiro narrou que a sua ideia de abrir o clube nasceu da necessidade de proporcionar um local de lazer para as famílias sousenses e que a luta inicial contou com um grupo de 101 pessoas, entre elas, João Pereira de Lacerda, Geraldo Queiroga, Eilzo Matos e Tenente Alencar. Tudo passou a ser posto em prática com a compra de um terreno no Sítio Riachão.
As primeiras obras da gestão Chagas foram a topografia de toda área e a construção das piscinas – infantil e adulto semiolímpica (piscina com 25 metros de comprimento, dividida em raias e usada para competições e práticas esportivas).
Promessa dada; promessa cumprida a Mariz
No ano anterior à administração do Campestre de Sousa, Valdir era o engenheiro responsável por uma frente de trabalho da construção da BR-230, no trecho que liga Pombal, no Sertão paraibano, ao limite com o estado do Piauí.
Durante a execução dos serviços da rodovia federal foi lançada pelo engenheiro ao então prefeito de Sousa, Antônio Mariz, a promessa de concluir, em apenas sete meses, o trecho de 18 quilômetros de extensão ligando às cidades de Aparecida e Sousa. O desafio foi cumprido e um churrasco foi oferecido para cerca de 600 pessoas no dia 10 de julho, data de emancipação política de Sousa. Entre outras presenças ilustres da época, participaram da festa o governador João Agripino e o ministro dos Transportes Costa Cavalcante.
Elogios à atual diretoria
Ao tecer comentários em tom de comparação do seu tempo com o período contemporâneo, Valdir Chagas disse que por onde passa enaltece o trabalho o trabalho dos atuais diretores.
“Tenho o Riachão Campestre Clube de Sousa como um filho. É como se eu tivesse deixado um filho aos cuidados dos outros e quando voltasse após, 20, 30, 40,50 anos, encontrasse aqueles que cuidaram tão bem do nosso filho. Aí a minha vontade é abraçar cada um deles”, disse.
Falando diretamente do atual presidente Jocival Abrantes, Chagas sugeriu que ele continue fazendo o que está sendo feito no clube.
O primeiro presidente do Campestre de Sousa também aproveitou para registrar os votos de agradecimento aos diretores e sócios pela conservação do clube.
“Agradeço a esse povo que cuida tão bem da semente que lancei há quase 60 anos. O mérito maior está naqueles que cuidaram ao longo do tempo”, finalizou.
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Imagens do vídeo: Everton Rodrigues