VÍDEO! Mabel e filhas falam sobre briga e união de Mariz com a família Gadelha e lembram outros fatos marcantes. “Idealista”

A primeira entrevista do projeto jornalístico Brasília em Destaque foi com a pernambucana de Caruaru, Maria Mabel Dantas Mariz, 80 anos. Na residência da família, a equipe da Líder FM, Diário do Sertão, Blog do Levi e MaisPB, foi recepcionada pela viúva do ex-prefeito de Sousa, Sertão da Paraíba, Antônio Marques da Silva Mariz, que também exerceu cargos de governador, senador e deputado federal pela Paraíba. As filhas do ilustre casal – Adriana e Luciana Mariz – também participaram do bate papo sobre a vivência familiar e política de Antônio Mariz, que embora tenha nascido em João Pessoa, dedicou sua vida inteira ao município de Sousa.

Na entrevista Mabel falou sobre a família, as campanhas eleitorais, o período de briga e paz com a família Gadelha, a polêmica das pensões das viúvas de ex-governadores e lembrou da convivência com o político-idealista Mariz. A viúva é natural de Caruaru, estado do Pernambuco, tem 80 anos e relembrou momentos da vida e da política ao lado de Antônio Mariz, que dedicou sua vida à cidade de Sousa.

“Eu sempre acompanhei tudo, a vida de Mariz, política, sempre acompanhei tudo desde o princípio. Eu andava com ele em todos os cantos e sabia os problemas todos, andava nas casas, tinha contato com as pessoas para saber o que reivindicavam. Então, era um trabalho feito a dois, vamos dizer assim”, relembrou.

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Ela contou sobre os trabalhos sociais que o marido desenvolvia em Sousa, sua transparência na gestão e como se tornou um política conhecido em todo estado.

“Como a pobreza era muito grande em Sousa, então Mariz na prefeitura ele, dava o remédio, dava o caixão, fez também os direitos do trabalhador. Ele quem instituiu o salário mínimo na prefeitura de Sousa. As pessoas tinham direito ao salário mínimo, a carteira assinada e antes, quando ele chegou lá, não tinha isso”, disse.

“Mariz sempre foi uma pessoa que era tido, e era verdade, como uma pessoa honesta, muito comprometido com o povo. Ele teve sempre uma vida de compromisso. Ele tinha aquela figura austera, de seriedade e também de condescendência e amizade com as pessoas mais humildes”, completou.

Para Mabel, Mariz foi um político “incomparável”.

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A antropóloga Adriana Mariz destacou a relação que tinha com a política e com o pai.

“Para mim papai é uma grande referência de vida. Ele e Mabel, minha mãe, os dois trouxeram para gente uma visão de mundo, de como se portar, de como ter ideais coletivos, de ter compromisso social. Para mim é uma alegria ter tido a honra de ter sido filha desse casal”, ressaltou Adriana.

Luciana Mariz é jornalista e contou sobre o legado deixado pelo pai em sua vida.

“A gente respirava política. Eu tenho muita lembrança dele, da paixão pela política, da dedicação, de ser movido por um ideal e quando fala de paixão, lembro dele fazendo os discursos, que era uma coisa que ele fazia, fazia questão de fazer os discursos dele, os pronunciamentos de campanha. Sempre muito envolvido, com emoção e acho que isso ficou para gente, porque embora a gente não faça política, mas a política é total parte da minha vida”, disse Luciana.

Disputa entre Mariz e família Gadelha na política de Sousa

Um dos fatos marcantes da política de Sousa foi a união entre a família Mariz e a família Gadelha. Os dois grupos eram ferrenhos opositores desde a década de 1960. A harmonia entre Mariz e Marcondes resultou no apoio da família Gadelha à candidatura de Mariz ao Governo do Estado em 1994. Ao assumir o mandato, Mariz nomeou Marcondes Gadelha como Secretário de Agricultura. Foi nesse período que foi desenvolvido o Projeto de Irrigação das Várzeas de Sousa.

Antônio Mariz e Marcondes Gadelha

Antônio Mariz ganhou as eleições no ano de 1963, governando a cidade de Sousa até 1969, quando tinha 26 anos de idade. Exerceu mandato de deputado federal de 1971 a 1983 e de 1987 a 1991. Atuou como senador de 1991 a 1995, tendo sido relator do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo. No parlamento foi constituinte e propositor de uma emenda que trata das tributação das grandes fortunas, que acabou sendo assumida pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Mariz governou a Paraíba de 1º de janeiro a 16 de setembro de 1995. Seu vice era José Targino Maranhão, que assumiu o governo. Mariz morreu vítima de câncer.

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Com informações de Diário do Sertão