Matéria publicada pelo site Polêmica Paraíba, informa que uma petição assinada pelo advogado Wellington Marques Lima Filho, protocolada no Juizado Especial Misto da comarca de Sousa, Sertão paraibano, solicita que o vice-prefeito do município, Zenildo Rodrigues de Oliveira, seja investigado por eventuais crimes e atos de improbidade administrativa em razão de ausência em audiência de instrução mediante a apresentação de um atestado médico alegadamente irregular.
O vice-prefeito responde a um processo por danos morais, movido pelo ex-deputado federal Marcondes Gadelha (PSC), por ter supostamente dado declarações que feriram a honra do político. A audiência de instrução sobre o caso estava marcada para a última terça-feira (18), mas Zenildo Oliveira apresentou um atestado alegando problemas de saúde.
Na petição apresentada à justiça, o advogado Wellington Marques alega que houve má fé praticada pelo político, já que no dia seguinte à audiência, houve registros nas redes sociais de que o político estaria em uma academia praticando exercícios físicos, logo no período da manhã.
“O escárnio para com o Poder Judiciário é tão grande que a parte Promovida não teve sequer a discrição ou mesmo o zelo de omitir a prática fraudulenta de suas próprias redes sociais, ao repostar o conteúdo em questão”, considerou o advogado. Ainda de acordo com a petição, ainda que verdadeiros os sintomas descritos no atestado, “certamente não haveria tamanha disposição à prática de atividade física no segundo dia de afastamento”.
Atestados estranhos
O advogado de Gadelha alega que os atestados médicos utilizados pela defesa de Zenildo são “estranhamente” assinados pela mesma médica, servidora pública da Prefeitura de Sousa, e que ele teria condições de ter utilizado um serviço de saúde particular pela posição que ocupa.
A audiência de instrução já havia sido remarcada uma vez, em fevereiro, quando a defesa do vice-prefeito apresentou o primeiro atestado por razões de saúde. O advogado ainda pede que a justiça julgue, antecipadamente, a ação de danos morais, de modo a condenar a parte Zenildo ao pagamento de indenização por danos morais e multa por litigância de má fé.
Consta na petição inicial interposta em 25 de setembro de 2021, junto ao judiciário sousense que durante entrevista ao vivo, Zenildo Oliveira teria proferido agressões verbais consideradas grosseiras, as quais teriam ferido à honra de Marcondes Gadelha. Agora, a defesa pede à justiça que julgue o caso de forma antecipada, após as ausências do vice-prefeito das audiências previamente marcadas.
O outro lado
Procurado pela equipe do PP, Zenildo informou que estava impedido de participar da audiência por razões médicas. Ele informou caberá à justiça tomar decisões cabíveis ao caso e negou as irregularidades alegadas na petição. O vice-prefeito não comentou o fato de ter ido à academia no dia seguinte à audiência de instrução.
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Com informações de Polêmica Paraíba