Tramita na Câmara de Sousa, Sertão da Paraíba, o Projeto de Lei de número 021/2021, de autoria da Prefeitura local que autoriza a doação de uma área de terra medindo mais de 12 mil metros quadrados à Faculdade Gilgal, instituição particular de ensino superior localizada no Bairro Jardim Sorrilândia 3.
Durante essa semana, vereadores iniciaram uma discussão acerca do assunto e questionaram o fato desse ser o terceiro terreno doado com autorização do Município desde o início do empreendimento. As outras ocasiões foram em 2009 e 2015.
Assista ao vídeo:
O líder da oposição, Cacá Gadelha (PSC), questionou o funcionamento e a geração de emprego e renda por parte da unidade de ensino. Ele quer saber qual o motivo para a doação de mais um terreno; quantas pessoas do município de Sousa estão empregadas e quais os cursos que estão funcionando no momento na faculdade.
Ainda segundo Cacá, a Câmara não pode aceitar que a Prefeitura doe o seu património a uma empresa privada que não comprova o seu funcionamento.
“É uma faculdade que já está construída, já tem muito tempo que está construída, falta funcionar. Então aqui nós não podemos está deteriorando o patrimônio público, fazer doação a uma iniciativa privada”, argumentou.
Parlamentares que integram o bloco de situação também concordaram com os argumentos levantados por Gadelha no sentido de cobrar explicações à instituição. São os casos de Novinho de Carlão e Assis Estrela, ambos do PDT.
O projeto será avaliado primeiro pela comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes que seja apreciado pelo plenário do Poder Legislativo sousense.
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O que diz a Gilgal
Ao ser procurada pelo Blog do Levi nesta quinta-feira (10), a diretora geral da Faculdade Gilgal explicou que a finalidade do projeto é a construção de um estacionamento, área indispensável tendo em vista o grande fluxo de alunos e funcionários previstos principalmente após a instalação de alguns cursos já aprovados e outros em andamento.
“O estacionamento é de suma importância, pois para que o Ministério da Educação aprove o nosso curso de medicina, por exemplo, é preciso que este espaço esteja totalmente construído. Por isso não entendo porque os vereadores já se posicionem contrários à doação”, disse Marta Sobreira.
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