O vice-prefeito de Marizópolis, Sertão da Paraíba, o engenheiro Jeferson Vieira (PT) revelou, nesta sexta-feira (23), detalhes do rompimento político anunciado pelo prefeito Lucas Gonçalves Braga (Luquinha do Brasil – PSB) no início desta semana.
Em entrevista ao programa Cidade Notícia, da rádio Líder FM, Vieira apontou como motivos principais do desgaste com o gestor, a exoneração de seus aliados nos primeiros meses deste ano e a interferência de Luquinha no processo de leilão da casa de morada pertencente ao seu pai, o ex-prefeito José Vieira.
Assista ao vídeo:
Ainda segundo Jeferson, não há dúvidas que o prefeito usou um pimo marizopolense que mora em São Paulo para arrematar o imóvel na justiça.
“Tenho certeza. Até os [modus operandi] é o mesmo. Ele já tinha feito isso. Na época a gente adversários, meu pai tinha uma propriedade e ele colocou o cunhado dele para arrematar. E, da mesma forma ele fez agora: colocou um primo para arrematar”, disse.
Luquinha do Brasil havia dito que o distanciamento de Jeferson Vieira estava provocando “desconforto” entre aliados. Nos últimos meses, segundo ele, Jeferson esteve presente apenas na festa de emancipação política do município e sequer hasteou a bandeira no evento cívico tradicional da data.
Além da ausência física de Jeferson, Luquinha afirma que o vice não postava nas suas redes sociais as ações de governo, a não ser que fosse marcado.
“Se não marcasse, ele nunca fazia sequer uma postagem da nossa gestão. Aí, eu que faço a pergunta: o que está verdadeiramente acontecendo?”, questionou.
A resposta de Jeferson Vieira
Ao tomar conhecimento das declarações do prefeito, Jeferson Vieira postou um vídeo expondo os motivos do seu afastamento. Ele conta que Luquinha não cumpriu com vários acordos feitos quando firmaram a aliança em 2020 e que Luquinha do Brasil utiliza um ‘blogueiro’ da cidade para postar matérias com fatos desconexos e fake news com a intenção de criar um “cenário de traição”.
Segundo Jeferson, entre os compromissos que não foram cumpridos por Luquinha, estavam: articular um mandato de presidente da Câmara Municipal para o vereador Miguel Neto (PSB); apoiar a candidatura do próprio Jeferson para prefeito em 2028; aumentar a quantidade de cargos indicados pelo grupo do vice-prefeito na gestão; e estabelecer alguma função na qual o vice pudesse administrar parte do orçamento. Jeferson conta que, além de não ter tido aumento no número de indicações para cargos na prefeitura, Luquinha ainda exonerou 8 dos 18 que são ligados ao grupo do vice-prefeito.
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