VÍDEO! Eduardo Pachu detalha cirurgia de Renan Mesquita, um dos pacientes mais pesados do Brasil. “Vida normal”

O gastro cirurgião Eduardo Pachu, que coordenou a cirurgia bariátrica do paciente Renan Mesquita de Oliveira, 36 anos, residente na cidade de Sousa, Sertão paraibano, no Hospital das Clínicas de Campina Grande nesta segunda-feira (17), detalhou o sucesso do procedimento – realizado pelo programa Opera Paraíba, do Governo do Estado – em entrevista exclusiva ao programa Cidade Notícia, da rádio Líder FM, na manhã desta quarta-feira (19).

Assista ao vídeo do CN:

A história de Renan Mesquita, que busca uma nova vida após anos de luta contra a obesidade, foi acompanhada de perto pelo Blog do Levi em outubro, quando ele havia perdido 48 quilos. Clique Aqui e relembre a matéria! Agora, no dia da cirurgia, o paciente atingiu a marca de praticamente 60 quilos eliminados — um esforço crucial que condicionou o corpo dele para o procedimento de alta complexidade.

Preparação e superação: de quase 300 kg à cirurgia

Dr. Pachu relembrou a complexidade do caso, destacando a condição de Renan ao chegar ao Hospital das Clínicas. O paciente chegou a pesar aproximadamente 300 kg, sendo um dos casos mais severos no Brasil.

“É um paciente realmente que requer um cuidado muito especial. Hoje é um dos seres humanos mais pesados que a gente tem que chegou a um dos maiores pesos no Brasil, né? Chegou a 300 kg. Ele chegou com condições bem, bem difíceis, que era um paciente que chegou sem caminhar, sem fazer qualquer necessidade que ele conseguisse fazer só. Então, sem qualidade de vida nenhuma, sem conseguir respirar direito”, relatou o médico.

Graças a um trabalho intenso de condicionamento que envolveu fisioterapia e uso de medicações, Renan perdeu quase 60 quilos antes do procedimento.

“Houve uma perda de peso muito boa, quase 60 kg. E aí condicionou. Mesmo assim, ele ainda era um paciente de 230 kg, que também ele não é tão alto, onde ele é caracterizado como uma superobesidade”, pontuou Pachu.

Cirurgia de sucesso e nova rotina

A cirurgia, realizada na última segunda-feira, durou cerca de 1h20. Foi utilizada a técnica bypass, que realiza o desvio intestinal.

“Realizamos na segunda-feira. O paciente ontem ele já começou a dieta líquida, hoje tá tudo bem, tá certo? Então, foi uma cirurgia de sucesso, onde o nível de complexidade dela, mesmo sendo alta, ele foi bem preparado, bem condicionado para que a gente tivesse êxito na cirurgia,” comemorou o cirurgião.

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Questionado sobre a nova vida do paciente e procedimentos futuros, Pachu garantiu que a cirurgia em si foi completa, mas agora exige um novo ritmo de vida e acompanhamento para que Renan mantenha a saúde e a perda de peso.

“Ele vai precisar do acompanhamento agora, né? Que tem a necessidade da parte nutricional, da parte do educador físico para que ele tenha um condicionamento melhor agora. E volta, ele já tá caminhando, ele já tá fazendo alguns exercícios. Então, ele já volta para a qualidade de vida dele. Um jovem, né, que 35 anos, 34 anos que ele merece ter qualidade de vida”, destacou.

O especialista explicou que a intervenção, que reduziu o estômago do paciente em cerca de 80%, tem um efeito que vai além do corte, sendo uma cirurgia “basicamente hormonal”. Para Renan, a nova realidade será “vida normal, melhor do que quando ele chegou, graças a Deus”. Ele deve receber alta na próxima semana.

Força-tarefa e apoio do SUS

Dr. Eduardo Pachu fez questão de ressaltar que o êxito do procedimento se deve a uma grande força-tarefa envolvendo diversos profissionais e o apoio do sistema de saúde do estado.

“O Hospital das Clínicas houve uma força-tarefa, o Estado, né? Então houve uma força-tarefa para que a gente consiga ter sucesso nessa cirurgia”, disse.

A equipe envolvida foi extensa, incluindo fisioterapeutas para condicionamento pulmonar e muscular, nutrólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, cirurgiões e anestesistas.

“Eu não queria falar nomes porque eu posso esquecer, porque é uma equipe tão grande, Levi. Mas assim, ele contou com fisioterapeutas, ele contou com um acompanhamento principalmente que a gente usou canetinhas nele com nutrologia. Contou também com os enfermeiros […] e aí durante a cirurgia, também foi uma equipe onde teve não só a mim, alguns cirurgiões, anestesistas e também fisioterapeutas”, detalhou o cirurgião.

Ele concluiu que seu papel de cirurgião é apenas a ponta de um grande esforço coletivo: “É um time todo em volta, onde eu só represento o cirurgião que eu operei. E para eu ter o sucesso, eu precisava desse time todo, que foi o que aconteceu com o Renan”.

Por ser um paciente do estado, Renan Mesquita terá todo o seu acompanhamento pós-operatório (nutricional e com vitaminas) garantido pela equipe do SUS em Campina Grande, até poder retornar para sua cidade de Sousa.

Assista a entrevista completa:

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