Após a repercussão das denúncias publicadas no dia 02 deste mês, sobre um verdadeiro “depósito de crianças” amontoadas em pequenas salas de aula, coladas umas as outras, na Escola de Ensino Infantil e Fundamental, Papa Paulo VI (ESPAVI), o Ministério Público da comarca de Sousa, Sertão da Paraíba, foi acionado pelo Conselho Tutelar para que sejam tomadas providências urgentes acerca das condições submetidas diariamente por 660 alunos, 42 professores e 15 funcionários, conforme a Noticia de Fato nº 046.2019.001741.
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Em um minucioso relatório, os conselheiros tutelares também relatam ameaças proferidas pelo prefeito Fábio Tyrone (PSB) durante uma reunião em uma sala da escola com funcionários e professores, dias antes de uma manifestação agendada pela categoria, com a presença também de alunos e o devido conhecimento do Sindicato dos Servidores da Educação.
Assista ao vídeo e relembre o caso:
Assim como o Blog do Levi e a TV Diário do Sertão, o Conselho Tutelar recebeu inúmeras denúncias de que duas casas localizadas no Bairro da Estação, alugadas pela Secretaria de Educação há mais de um ano, enquanto se aguarda a conclusão de uma reforma, não apresenta condições de funcionamento. “Apenas três operários estão trabalhando na parte externa e outro fica deitado numa rede na parte interna”, diz um trecho do relatório entregue ao promotor Manoel Pereira de Alencar.
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Ameaças do prefeito
O documento ainda afirma que no encontro ocorrido no último dia 23 de abril, o prefeito teria proibido que professores e servidores se manifestassem sobre a real situação da ESPAVI. “Para toda ação, há uma reação. Informaram que até mesmo uma aluna foi intimidada pelo gestor”, revela o Conselho Tutelar.
Necessidades especiais
O órgão que zela pelos direitos das crianças e dos adolescentes, também apurou que cerca de 10 alunos portadores de necessidades especiais estão sem acompanhamento, devido a falta de espaço no imóvel.
Diretora e vice pedem para sair
Além de tudo, a diretora e a vice-diretora entregaram os cargos à Secretaria Municipal de Educação. Procuradas pela reportagem nesta quinta-feira (09), Socorro Rodrigues e Janete Soares confirmaram o pedido, mas preferiram não informar os motivos. “Estamos ainda na escola e vamos aguardar uma posição da secretária Gilmara Formiga”, disseram por telefone.
O outro lado
Ao ser procurada nesta noite pelo Blog do Levi para comentar o procedimento instaurado pelo Ministério Público, a secretária de Educação da Prefeitura de Sousa disse que não foi publicada nenhuma portaria de exoneração. “A escola continua com diretora e vice”, resumiu Gilmara Formiga.
Confira mais fotos do ambiente onde estão acomodados os alunos, professores e funcionários da escola ESPAVI!
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