Em média 40 pacientes morrem por ano, vítimas de doença renal crônica na região de Sousa. Os dados, de janeiro de 2015 a agosto de 2018, são do Centro de Hemodiálise Doutor Chico Corea. A estatística ainda revela, que pela média, todo ano aproximadamente 112 pacientes são admitidos para hemodiálise.
Em 2016, 132 pessoas com doença renal crônica na fase terminal foram parar na máquina da hemodiálise. Ano passado foram 102 e em 2015, 98 pacientes. Este ano, até agosto já são 62 pessoas.
Mortes
Os casos de óbito chegaram a 49 em 2015. No ano seguinte foram 46 e em 2017 o registro foi de 30 casos. Neste ano, 29 pacientes já morreram da doença.
Fatores de risco da doença renal crônica, o diabetes e a pressão alta, são pouco controlados pelo pacientes que acabam indo parar em uma sessão de hemodiálise ou na fila do transplante de rins. Esse alerta foi feito pela médica nefrologista Ana Virgínia Gadelha, que convive diariamente no consultório ou no hospital com este tipo de situação.
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Segundo ela, para evitar o extremo, é preciso um acompanhamento contínuo das funções renais. “Um exame chamado creatinina, através do resultado desse exame conseguimos fazer um cálculo que consegue definir qual percentual que o rim desse paciente está funcionando”.
A médica explicou ainda que, uma vez não tratada adequadamente, a doença renal crônica pode levar o paciente à morte. “Então é importante que esse paciente chegue pra nós o mais precocemente possível”, alertou. Ela também destacou que deve haver um acompanhamento nos postos de saúde a fim de evitar a fase terminal da enfermidade.
Ana Virgínia informou que, a cada semana, entre dois e três novos pacientes procuram o Hospital Santa Terezinha para serem submetidos às sessões de hemodiálise.
“O transplante renal melhora a qualidade de vida desses pacientes, a hemodiálise é um tratamento que salva vidas, mas é um tratamento que causa uma dependência”, finalizou.