VÍDEO! Em entrevista exclusiva ao CN, Irilene confirma que ex-marido e filho pagaram R$ 30 mil para matá-la

A cabeleireira Maria Irilene de Sousa Melo, de 43 anos, residente na cidade de Sousa, Sertão da Paraíba, confirmou que o ex-marido e o próprio filho participaram uma trama para tentar matá-la por meio de atropelamento no último dia 29 de março deste ano no bairro Raquel Gadelha. Segundo a mulher, eles pagaram o valor de R$ 30 mil pelo crime. A informação foi dada durante entrevista exclusiva ao programa Cidade Notícia, da rádio Líder FM, na manhã desta terça-feira (15).

“Eu confirmo. Eu era ameaçada, passei 30 anos casada, vivendo ameaçada por ele [ex-marido]. Se eu deixasse ele, ele me matava. Meus flhos, eu juro por Deus, eles presenciavam tudo. Do meu marido eu não tinha dúvida, agora do meu filho eu tinha dúvida… Mas depois ‘veio’ provas”, disse. Maria Irilene acrescentou que pai e filho pagaram o valor de R$ 30 mil para concretizarem o crime.

Assista ao vídeo:

Os dois homens foram presos pela Polícia Civil nesta segunda-feira (14) mediante cumprimento de prisão preventiva decretada pela Justiça de Sousa a pedido do delegado Paulo de Tarso, o qual coordena o Grupo Tático Especial (GTE).

Para a polícia, o caso configura-se em uma tentativa de feminicídio, pois “os responsáveis tentaram dissimular o crime para que aparentasse um acidente de trânsito comum e também falharam”.

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Segundo a investigação, a vítima saiu em sua moto e foi perseguida por um veículo logo ao deixar sua casa, e propositalmente, acabou sendo atropelada pelas costas, quando o condutor do carro acelerou o veículo e a colheu. Após o crime, o carro utilizado apresentou falha mecânica, o motorista e executor fugiu a pé, porém permanece não identificado.

A cabeleireira sofreu grave traumatismo craniano, e permaneceu internada por vários dias em um hospital de Campina Grande, inclusive ficando em coma profundo. A narrativa policial contida na investigação menciona que a recuperação de Irilene de Sousa Melo foi como “um milagre”, circunstância alheia à vontade dos envolvidos.

Suspeito de atropelar Irilene Melo. Foto: GTE

Suposto envolvimento do filho

A Polícia Civil apurou ainda que o filho do casal teria premeditado a morte da própria mãe com a conivência do pai, motivados por interesses nos bens da família e pela não aceitação da separação do casal – já que acarretará a divisão do patrimônio do casal.

O caso segue sob investigação e a polícia trabalha para identificar e capturar o executor do crime, necessitando do apoio da população para fazer sua denúncia via Disque 197.

Relembre o caso:

Vítima de um acidente de trânsito na tarde deste sábado (29), a cabeleireira Maria Irilene de Sousa Melo, residente na rua Agacy Nunes Camboim, bairro Raquel Gadelha, em Sousa, foi transferida da Área Vermelha do Hospital Regional de Sousa para um dos leitos do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande em estado de saúde considerado grave.

A Polícia Militar informou que a mulher conduzia uma motocicleta modelo Biz, cor vermelha e placa OGB 4452, quando foi atingida por um veículo modelo Uno, cor cinza e placas HZC 0198, cujo motorista evadiu-se do local logo em seguida.

Assista ao vídeo:

Imagens de uma câmera de segurança instalada na rua Ana Cartaxo da Nóbrega (local do acidente), mostra o momento em que ao passar pelo cruzamento com a rua Expedito Lourenço de Sousa, um carro bate na traseira da moto. Em seguida, a cabeleireira cai, o motorista para o veículo, olha em direção a mulher, para o automóvel, desce e foge a pé. Os dois veículos foram removidos ao pátio do Detran.

Após o acidente, a mulher ficou desacordada e foi socorrida pelo SAMU ao Hospital Regional de Sousa onde foram feitas avaliações neurológicas e constatado Traumatismo Craniano Encefálico (TCE). A paciente apresentava um edema cerebral e permaneceu internada na Sala Vermelha do hospital campinense por vários dias, chegando a ser submetida a vários procedimentos no sentido de descomprimir o edema.

Maria Irilene de Sousa Melo tem três filhos. Um deles informou ao BlogdoLevi na manhã seguinte ao fato que a família não tinha ideia de quem tenha dado causa ao acidente, pois aguardava a investigação da Polícia Civil.

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