O vereador Fábio Júnior Alves de Andrade (PP), de 37 anos de idade, eleito pelo município de Marizópolis, Sertão da Paraíba, deverá ser empossado no cargo nesta sexta-feira (1º) de uma forma inédita na região polarizada por Sousa. É que ele foi preso último dia 18 na operação Malhas da Lei, por suposto envolvimento em um crime de roubo contra o empresário sousense Manasses Batista, ocasião em que mais duas pessoas também foram capturadas.
“Fábio de Nego Chico”, como é conhecido, cumpre prisão temporária de 30 dias na Colônia Penal Agrícola do Sertão (CPAS), na cidade de Sousa. É de lá que o vereador eleito com 194 votos para cumprir o seu primeiro mandato deverá tomar posse e votar nas eleições para presidente do Poder Legislativo referentes aos biênios 2021/2022 e 2023/2024.
A direção da unidade prisional informou nesta manhã que já existe um espaço na CPAS, instalado durante a pandemia, devidamente preparado para realização de audiências e outros procedimentos virtuais.
“Está tudo pronto aqui. O detento será retirado da cela e levado por policiais penais até à sala de videoconferência para que participe da sessão da Câmara. Ao final, ele será levado de volta”, disse o diretor Charles Martins.
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A sessão será presidida pelo vereador Miguel Lins (PP), por ter sido o mais votado em novembro último. De acordo com o regimento, ele dará posse aos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo, bem como presidirá a sessão que elegerá os presidentes da Câmara pelos próximos dois mandatos.
A defesa de Fábio Júnior disse ao Blog do Levi que o vereador não teve participação do crime apontado pela polícia. Segundo o advogado Abdon Lopes, Fábio foi citado no inquérito apenas pelo fato de ter sido visitado por um dos investigados, que é casado com uma prima dele.
“Não vejo motivos para o vereador estar preso. De toda forma, ingressamos com um pedido de habeas corpus para que ele seja liberado a qualquer momento. Caso isso aconteça, o parlamentar estará presencialmente na Câmara Municipal”, disse.
O jurista também levantou a possibilidade de Fábio comparecer ao Poder Legislativo sob escolta policial.
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