Tribunal de Contas recebe denúncia contra servidor “apadrinhado” e “privilegiado” pela Prefeitura de Sousa

Ao longo das duas administrações de Fábio Tyrone (Cidadania) na Prefeitura de Sousa, Sertão da Paraíba, diversos servidores têm tentado de tudo para ter incorporado aos seus salários, benefícios legais como progressão por tempo de serviço, adicionais, insalubridade, enfim, vantagens previstas em lei.

Porém, há um funcionário que conseguiu obter em seu contracheque, algo que chama a atenção dos colegas do serviço público em razão da quantidade de gratificações, tanto que o caso foi parar no Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) em forma de denúncia. Confira o documento no final desta matéria!

O documento de número 37101/20, enviado às 12h19 desta quarta-feira (10) narra que o assistente administrativo Lucas Ramon de Oliveira, matrícula nº 9303566, recebe gratificações que nenhum outro servidor da mesma função consegue no Governo Tyrone 2. O denunciante acredita que tal situação ocorre devido a “apadrinhamento político”.

“Por apadrinhamento político recebe gratificações que nenhum outro ASS ADM efetivo que trabalha nos postos de saúde do município (assim como ele, diga-se) está recebendo”, revela o denunciante.

Ao TCE-PB ainda foi informado que Lucas Ramon é servidor efetivo desde outubro de 2014 e que os privilégios dados a ele pela atual gestão começaram em maio de 2017 com o pagamento de horas extras no valor de R$ 500 (quinhentos reais).

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Narra a denúncia que no mês seguinte, o servidor foi contemplado com a insalubridade no valor de R$ 187,40 (cento e oitenta e sete reais e quarenta centavos). Em 2020, a mesma gratificação saltou para R$ 209 (duzentos e nove reais)

A Corte de Contas também foi informada que em março de 2018, a administração municipal passou a conceder a Lucas, o valor de R$ 281,10 (duzentos e oitenta e um reais e dez centavos), referente ao benefício da GAE (Gratificação de Atividades Executivas).

Já em janeiro de 2019, Lucas Ramon de Oliveira passou a receber o teto da GAE, ou seja, praticamente o dobro do valor concedido dez meses antes, passando para R$ 536,20 (quinhentos e trinta e seis reais e vinte centavos).

Com a incorporação das gratificações, o salário do servidor “privilegiado” como diz a denúncia, foi elevado a patamares desejados por centenas de trabalhadores do serviço público de Sousa e de qualquer outro lugar.

Para se ter uma ideia, ano passado, juntamente com outras gratificações atribuídas, o salário bruto de Lucas Ramon teve uma variação entre R$ 1.733,80 (um mil, setecentos e trinta e três reais e oitenta centavos) a R$ 4.121,07 (quatro mil, cento e vinte e um reais e sete centavos).

Clique AQUI e confira o inteiro teor da denúncia!

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