Ele sempre gostou de medicina e achava que não passaria, porém o incentivo dos amigos o fez mudar de ideia. A força de vontade, o apoio da família e a dedicação aos estudos foram essenciais para que o estudante Diógenes Antônio da Silva, de 17 anos de idade, se tornasse um dos aprovados no último ENEM para a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para obter a classificação em oitavo lugar, o jovem alcançou 743,52 pontos no resultado geral e 900 pontos na redação. Confira o vídeo no final desta reportagem!
Filho da empregada doméstica Raimunda Nonato e de Josenildo Silva, cuja profissão é padeiro, Diógenes agora enfrenta a dificuldade de pagar as despesas de deslocamento e estadia em João Pessoa, a partir de abril deste ano. A alternativa encontrada em conjunto com amigos foi realizar nas redes sociais, uma campanha de arrecadação de recursos, roupas e mantimentos, já que as únicas fontes de renda são meio salário mínimo recebido pela mãe, uma pensão do pai e o auxílio social do programa Bolsa Família.
De origem humilde, o futuro universitário que reside na rua Francisco Paulino da Silva, Jardim Sorrilândia II, na cidade de Sousa, Sertão paraibano, tem mais dois irmãos: Daniele, de 26 anos e Daniel, de 12 anos. Segundo ele, a primeira vez em que foi à escola, ainda morava em São Paulo, sua terra natal. Depois, a família retornou a Sousa, onde estudou todos os anos do ensino fundamental na Escola Estadual Batista Leite. No ensino médio, a opção de Diógenes da Silva foi o curso de técnico em informática, no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), campus de Sousa.
Medicina humanizada
Ao Blog do Levi, Diógenes revelou, nesta quinta-feira (6), que tem preferência por duas especialidades da medicina: “Eu penso que quero praticar aquela medicina humanizada. Minha visão de futuro eu ainda não sei muito bem que especialidade que eu quero, mas eu penso em neurologia ou oncologia”, disse.
O jovem relatou ainda a rotina de estudos, relacionamento com a familiares e amigos, bem como a dificuldade devido as poucas condições financeiras. Apesar de tudo, o desejo de ajudar a mãe também está nos seus planos.
“Ela investia tanto em mim que eu queira devolver isso a ela de algum modo. Eu ficava vendo essas pessoas que fazem cursinhos (pagos), que eu não tinha condições, aí eu pensava que eu jamais conseguiria competir com essas pessoas” revelou.
Assista ao vídeo:
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