Revelações da Calvário mostram o “faz pouco” de Coutinho e a citação de mais um sousense

As últimas revelações contidas nas delações premiadas dos investigados pela Operação Calvário revelam fatos que vão desde o “faz pouco” do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) para com seus aliados políticos, até a citação do nome do ex-candidato ao Senado em 2014, o sousense Lucélio Cartaxo (PSD).

Áudios obtidos pelo GAECO mostram um Ricardo Coutinho impiedoso ao se dirigir à figuras expressivas no cenário paraibano como o senador José Maranhão (MDB), o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), o deputado federal Damião Feliciano (PDT) e a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), que também foi vice de Coutinho, bem como, um dos filhos do casal Feliciano.

Os áudios captavam uma conversa do ex-governador com Daniel Gomes, controlador da Cruz Vermelha e mostraram certa preocupação de Ricardo em deixar o governo, antes das eleições de 2018, para se candidatar ao Senado Federal e entregar o comando do Estado nas mãos da atual vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) e sua família.

“O marido já fez. O filho é horrível, horrível, tanto é que o filho eu nem deixo entrar na sala que eu tou. É pesado, aí eu não posso porque se tivesse um instrumento aí tudo bem, que dissesse oh, tá aqui você não pode mudar nenhum membro do governo aí eu tocava até dezembro e ela viraria governadora, o problema é que ela e Damião vão dizer, não tudo bem, aí chega lá arruma uma confusão”.

O ex-chefe do Poder Executivo estadual “fez pouco” da idade do senador José Maranhão (MDB), adversário de João Azevêdo nas eleições de 2018 para o Governo do Estado.

“Na idade dele… o ‘caba’ tem 85 anos… dormindo em pé. Maranhão dorme. Maranhão vai sentar e dorme, rapaz […] Ele é ótimo para o Senado, porque o Senado é o lugar pro ‘caba’ dormir”, desdenhou.

Sobre Cássio Cunha Lima, Daniel falou o seguinte para Ricardo Coutinho: acho que Cássio tá morto”.

Leia mais: Motorista não resiste e morre horas após capotamento na BR 230 em Sousa, Sertão da PB

Durante delação no âmbito da Operação Calvário, em abril do ano passado, a ex-secretária de Administração do Estado, a sousense Livânia Farias citou que Zênnedy Bezerra, secretário da Prefeitura de João Pessoa, teria pedido R$ 1 milhão e depois teria reduzido o valor para R$ 600 mil para a campanha de Lucélio Cartaxo ao Senado, pelo PT em 2014, quando ainda era aliado de Ricardo Coutinho.

Segundo a delação, do total solicitado, Zênnedy teria recebido R$ 300 mil em dinheiro. O repasse teria sido feito no Canal 40, sede da campanha eleitoral da chapa do PSB em 2014.

Na semana passada, outro sousense, o vereador Koloral Júnior (AVANTE) foi citado em delação de uma empresária como beneficiário de uma propina no valor de R$ 15 mil para a sua campanha em Sousa. Posteriormente em nota, o parlamentar rechaçou todas as acusações.

Leia também:

Eleições 2020: o “plano B” do vereador Ananias Vieira

Primeira criança nascida no município de Sousa em 2020 é uma menina

Com quem? Fábio Tyrone encerra 2019 no “escurinho do cinema”