Girlene Batista de Sousa, de 49 anos de idade, é uma servidora da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campi de Sousa, Sertão paraibano. Todas as noites, de motocicleta, ao retornar do trabalho em direção à sua residência, no Bairro do Angelim, passa em frente ao Estádio Marizão.
Ocorre que nesta quarta-feira (28), inesperadamente, ela foi atacada por uma matilha de cães. O fato causou vários ferimentos a um dos pés da recepcionista, a qual teve que ser conduzida ao Hospital Regional. Além dela, outra mulher também foi mordida minutos antes, no mesmo local.
Ciente que tomaria a vacina antirrábica e o soro anti-tetânico para se livrar de eventuais infecções causadas pela mordida e pelos arranhões, a preocupação da paciente aumentou, ao saber que a principal unidade hospitalar não dispõe da medicação.
Desesperada, Girlene ainda procurou a Unidade de Pronto Atendimento, mas igualmente sem sucesso.
O diretor da UPA da Estação, informou ao Blog do Levi, que as unidades de referência para mordida de cachorro (vacina antirrábica), cortes e perfurações (soro antitetânico), picada de escorpião e mordida de cobra, são os Hospitais Regionais. “O que ocorre é que esses insumos muitas vezes vêm em falta da Fio Cruz, onde se fabrica, devido a falta de matéria prima”, disse Alex Alves.
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A solução para a mulher foi viajar 42 quilômetros até a cidade de Cajazeiras. Lá, até que tem a vacina, mas o soro antitetânico não foi disponibilizado. Isso implica dizer que é serviço público pela metade. Ainda assim, um pouco melhor que em Sousa, que não tem nem uma coisa, nem a outra.
Procurado pela reportagem, O Hospital Regional de Sousa, explicou sobre a falta da medicação e os procedimentos que devem ser adotados pelos pacientes. De acordo com a diretora geral, as vacinas são disponibilizadas através da 10ª Gerência de Saúde.
“Estamos aguardando a reposição destas vacinas até sexta-feira da próxima semana, conforme a Gerência nos informou”, frisou Apoliana Ferreira.
Confira a nota na íntegra:
O hospital recebe as vacinas e soros antirrábicos da Gerência de Saúde e é administrado aqui na unidade hospitalar. Para isso, a equipe de epidemiologia faz uma triagem onde o paciente relata a procedência do animal, se é doméstico, ou de rua, se dá para observar o mesmo, para que saiba a necessidade ou não de se fazer a profilaxia e seguimento do ciclo, de acordo com o protocolo e vacinação.
A demanda é alta, pois o hospital recebe os pacientes não só do município de Sousa como também de cidades circunvizinhas.
Estamos aguardando mais reposição destas vacinas até sexta-feira da próxima semana, conforme a Gerência nos informou. Sendo assim, todos os pacientes com prescrição médica receberão as doses necessárias.
Vale ressaltar a importância do setor responsável dos municípios para que façam uma busca e ações relacionadas quanto aos animais soltos nas ruas para tentarmos evitar transtornos como esses.
Entenda os protocolos recomendados:
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