O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) Fernando Catão é alvo da quarta fase da Operação Xeque-Mate, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22). Foram cumpridas pela Polícia Federal, cinco ordens judiciais nas residências de Fernando Catão em João Pessoa e Campina Grande, bem como na sede do TCE-PB, na Capital paraibana.
Catão é considerado suspeito em um dos episódios investigados pela Operação Xeque-Mate. O conselheiro teria participado da negociação que impediu a construção de um shopping center em Intermares. O suposto envolvimento de Catão no esquema fez com que as apurações relativas à Xeque-Mate fossem transferidas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro do ano passado.
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Conforme as investigações, o conselheiro teria aproveitado suas funções do TCE-PB para agir em favor dos interesses do empresário Roberto Santiago, um dos denunciados pelo Ministério Público na Xeque-Mate. Roberto Santiago está preso desde 22 de março deste ano.
Catão nega – “Ninguém mais do que eu quer o aprofundamento dessa investigação. Tenho consciência plena e absoluta que agi dentro da legalidade, cumpri todos os prazos do Tribunal, segui o parecer ministerial quando foi dada a cautelar suspendendo, segui o parecer ministerial e auditoria quando foi pedida a suspensão da cautelar e tenho consciência tranquila de que a não construção daquele shopping em nenhum momento sofreu qualquer interferência por parte desse Tribunal”, falou.
Catão ressaltou que agiu dentro de suas competências e que vai cooperar com as investigações. “Agi dentro das minhas competências, da legalidade e dentro do meu juízo de valor. Estou tranquilo, não perdi um minuto de sono, estou à disposição para cooperar, sempre cooperei. Sou uma pessoa que tenho diálogo com a Polícia Federal com o Ministério Público, sempre troco informações”, explicou.
O conselheiro se disse surpreso com os mandados de busca e apreensão que foram cumpridos em sua casa e escritório nesta quarta. “Hoje pela manhã fui surpreendido na minha residência e aqui no gabinete com uma ação judicial de busca e apreensão levada a efeito pela Polícia Federal. Devo dizer que apesar do desconforto da medida não me traz nenhuma estranheza. Estamos em um estado de direito onde todo o cidadão está à disposição da justiça”, enfatizou.
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Com informações de Portal Correio