Menos de 24 horas depois da decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba em decidir pela manutenção da condenação do vereador Marcos Barros de Souza, da Câmara de Cajazeiras, Sertão da Paraíba, a jovem Natália Tasca publicou uma nota de esclarecimento em uma de suas redes sociais para dizer que não foi vítima de estupro de vulnerável por parte do parlamentar, à época em que era menor de idade.
“Doeu por que EU sei da VERDADE e sei da INJUSTIÇA que está acontecendo. Na época dos meus primeiros depoimentos eu não tinha noção do que aquilo poderia acarretar, mas hoje, com 21 anos e tendo vivido muito além de pessoas da mesma idade que eu, eu tenho plena consciência que um jogo político pode destruir a vida de alguém”, disse Natália. Confira o texto completo no final desta reportagem.
Marcos Barros foi condenado a uma pena de oito anos e seis meses, mediante decisão da juíza da 2ª Vara Mista de Cajazeiras, Adriana Lins de Oliveira Bezerra, cuja decisão fora mantida pelo juiz do TJ/PB, Carlos Eduardo Leite Lisboa nesta terça-feira (2) com base no artigo 217-A do Código Penal.
Nota de esclarecimento
Entenda o caso
Segundo informações do processo, na manhã do dia 12 de abril de 2011, nas proximidades do estabelecimento Espaço Saúde, localizado na Rua Francisco Décio Saraiva, Centro de Cajazeiras, o réu beijou a vítima e retirou sua blusa, passando, em seguida, a acariciá-la, chegando a morder seus seios.
Consta no inquérito que, dois anos antes do fato, Marcos Barros de Souza passou a se corresponder com a garota, visando convencê-la a praticar com ele relações sexuais, inclusive com sugestões de vídeos pornográficos para que fossem assistidos pela vítima.
“Quando a adolescente completou 14 anos, mais precisamente no dia 07 de setembro de 2011, ela manteve relação sexual com o réu, no interior da Câmara Municipal de Cajazeiras”, diz parte da denúncia.
Após o fato, a relação foi descoberta pela mãe da menina. Ouvida diversas vezes e, em todos os depoimentos, a vítima contou com riquezas de detalhes, firmeza e coerência o seu envolvimento com o imputado.
Devido aos acontecimentos, a adolescente atualmente mora em João Pessoa, com seus avós e está recebendo acompanhamento psicológico.
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