A situação hídrica do Sertão paraibano foi um dos temas do debate com os candidatos ao Governo do Estado realizado nesta segunda-feira (24), em Cajazeiras.
Dentro do tema, com base nas regras do debate, o candidato João Azevedo (PSB) perguntou a Lucélio Cartaxo (PV) sobre privatização da CAGEPA e conflito entre o Estado e o DAESA na cidade de Sousa com relação à administração da água.
Segundo João Azevedo, o Governo Federal pretende privatizar todas as companhias de água do país. Mas o Governo do Estado teria encaminhado uma carta afirmando que a CAGEPA continuará pública.
João afirma que a CAGEPA dava prejuízos na época em que José Maranhão (MDB) era governador. Mas durante o governo de Ricardo Coutinho (PSB), a entidade passou a ter superávit e a oferecer benefícios para as pequenas cidades, o que, segundo ele, não seria possível com empresa privada.
Resposta
Lucélio negou que tenha intenção de privatizar a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, mas vai exigir mais eficiência da entidade, caso seja eleito.
“A CAGEPA é um patrimônio do estado da Paraíba. Agora, é inegável que qualquer governo que se preze tem que exigir eficiência. Nos últimos oito anos já se foram 130% de aumento na taxa. Qual foi o trabalhador no Brasil que teve, nos últimos anos, reajuste de 130%? Nenhum. Então vamos cobrar eficiência. Essa é a palavra”.
Sobre o DAESA
Para resolver a situação do Departamento de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Sousa (DAESA), Lucélio disse que vai priorizar o diálogo para que haja uma prestação de contas.
“Não vamos fazer imposição nem tomar medidas drásticas que prejudiquem a população, não só de Sousa, mas de qualquer outra cidade da Paraíba. É isso que a Paraíba quer. Não é botar culpa em governo A, B ou C. No nosso governo não teremos tempo para perder com picuinhas”.
José Maranhão
Com direito a comentar sobre o assunto, o candidato do MDB lamentou o conflito entre o Estado e o órgão municipal, disse que enfrentou esse problema quando foi governador e que resolveu com diálogo: “Um governo democrático tem obrigação de tratar dessas questões debatendo, discutindo com as partes a melhor forma de chegar a um entendimento”.
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Diário do Sertão