O Ministério Público Federal converteu um procedimento preparatório em inquérito civil para apurar desvios de recursos federais destinados ao pagamento de horas extras no SAMU da cidade de Sousa. A portaria de número 45 foi publicada no Diário Oficial do órgão nesta sexta-feira (14).
De acordo com o Procurador da República, Eliabe Soares da Silva, também serão investigadas supostas irregularidades em pagamentos a funcionários contratados sem a devida comprovação.
As denúncias são referentes ao ano de 2017 e foram encaminhadas ao MPF pelo servidor Gervásio Bernardo Abrantes, atualmente protegido pela Polícia Federal, após ter sofrido atentado à bala em setembro do ano passado, em razão de ter delatado o esquema, conforme inquérito policial apurado na Delegacia Civil de Sousa e remetido à justiça estadual. Na época, o denunciante disse que comunicou o caso a alguns secretários do Município e também ao prefeito Fábio Tyrone.
Operação Mordaça
Em novembro de 2017, a Polícia Civil desencadeou a operação Mordaça e prendeu seis pessoas, entre elas servidores da Secretaria de Saúde e familiares da secretária Amanda Silveira. Armas e munições também foram apreendidas com os suspeitos.
Na oportunidade o delegado Sylvio Rabello declarou ao portal Diário do Sertão que o marido da secretária foi preso por ser o principal suspeito de encomendar o atentando contra Gervásio Bernardo.
Os investigados respondem ao processo em liberdade.
O outro lado
Neste domingo (16), o Blog do Levi entrou em contato com a Secretária de Saúde. Amanda Silveira disse que estará à disposição do Ministério Público Federal acerca de quaisquer esclarecimentos.